Entrevistas Preliminares: O Primeiro Passo na Terapia Psicanalítica
- Matheus Henrique Bonifacio
- 23 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de ago.

As primeiras consultas da terapia psicanalítica são chamadas de entrevistas preliminares. Elas antecedem o tratamento propriamente dito, conhecido como análise. Essas entrevistas iniciais têm vários objetivos, indispensáveis para a continuidade da terapia, como será explicado.
As entrevistas preliminares são momentos em que o terapeuta acolhe o novo paciente, que geralmente chega muito angustiado, escutando as suas queixas e necessidades que o levaram a procurar um profissional. Durante essas conversas iniciais, o terapeuta descobre mais sobre o histórico do paciente. Por exemplo, ele pergunta se o paciente já fez terapia antes, se faz ou já precisou fazer uso de algum medicamento, quando começou a enfrentar os problemas que o fizeram procurar ajuda, e como se sente em relação a eles. A partir dessas informações, o terapeuta começa a pensar como pode ajudar.
Também é o momento de estabelecer acordos sobre como serão os encontros entre o paciente e o terapeuta, como, por exemplo, definir os horários das consultas, o tempo estipulado para cada sessão, a frequência dos atendimentos (uma vez por semana ou mais), além do valor e a forma de pagamento. O objetivo desses acordos é viabilizar a continuidade do tratamento. Posto isso, é importante considerar que, ao longo do processo terapêutico, novos acordos podem ser feitos ou refeitos, conforme as necessidades que surgirem entre paciente e psicanalista.
Além disso, as entrevistas preliminares são importantes para que o paciente se identifique com o psicanalista, construindo um vinculo de confiança entre os dois. Esse vínculo é essencial para que o tratamento possa avançar para a etapa seguinte. A formação desse vínculo terapêutico, junto com o desejo do paciente de descobri mais sobre si mesmo, marca o início da análise, ou seja, o inicio do tratamento propriamente dito.
Portanto, essas entrevistas iniciais são fundamentais para o direcionamento do tratamento, pois essa etapa de preparação, que antecede a análise, ajuda o paciente a estar mais preparado para a continuidade do tratamento, ao qual exigirá dele maior implicação para investigar, com o apoio do psicanalista, as causas que o perturbam.